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14 de outubro de 2025

Cabeça de Pedra intriga visitantes na Cidade de Pedra de Pirenópolis

Formação rochosa da Cidade de Pedra, em Pirenópolis, chama atenção por lembrar uma cabeça humana e reforça o valor geológico e turístico da região.
Miguel Armond
Miguel Armond

06 de outubro de 2025 às 08:26

Cabeça de Pedra intriga visitantes na Cidade de Pedra de Pirenópolis - Fotos pequenas Portal Piri 8

Cabeça de Pedra intriga visitantes na Cidade de Pedra de Pirenópolis

Entre tantas paisagens únicas de Pirenópolis, uma formação rochosa vem chamando a atenção de visitantes, fotógrafos e curiosos: uma pedra que lembra nitidamente o perfil de uma cabeça humana. Localizada na chamada Cidade de Pedra — uma região de formações areníticas milenares na área da Serra dos Pireneus — o monumento natural ganhou apelidos populares como “Cabeça de Pedra” ou “Guardião da Montanha”.

Cabeça de Pedra intriga visitantes na Cidade de Pedra de Pirenópolis - Fotos pequenas Portal Piri 8
Foto: Luiz Triers

Embora não exista registro oficial de nome catalogado para essa formação específica, moradores, guias e visitantes reconhecem a semelhança com a silhueta humana. O formato do queixo, a divisão do pescoço e a projeção semelhante a um nariz fazem com que a pedra pareça um rosto esculpido em rocha, como se observasse silenciosamente o Cerrado.

O que é a Cidade de Pedra?

A Cidade de Pedra é um conjunto de formações rochosas que se assemelham a esculturas naturais. Ela fica na região serrana de Pirenópolis e é parte do sistema geológico que compõe o Parque Estadual dos Pireneus, conhecido por abrigar mirantes, trilhas, cachoeiras e curiosidades geológicas.

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Foto: Luiz Triers

O nome “Cidade de Pedra” surgiu porque, de longe, as formações lembram construções ou torres. O tempo e a erosão entalharam blocos de arenito em formas que remetem a animais, figuras humanas, totens e colunas. Essa paisagem é resultado de milhões de anos de intemperismo, vento, chuva e mudanças climáticas naturais.

Comparações com outras formações semelhantes no Brasil e no mundo

Formações rochosas com formações “humanas” são comuns em regiões de rocha sedimentar. Em Goiás, uma das mais conhecidas é a Pedra do Cabeludo, em Vila Propício. Já no Tocantins, destaque para a Pedra da Catedral, em Natividade. No exterior, formações como o “The Old Man of the Mountain” (Estados Unidos) e o “El Indio” (Argentina) também viraram símbolos locais por lembrarem faces humanas e atrair visitantes.

A Pedra da Cabeça em Pirenópolis segue essa mesma lógica: a natureza esculpe e o olhar humano interpreta. O fenômeno é chamado de pareidolia — quando enxergamos rostos ou formas familiares em objetos naturais.

Riqueza geológica e paisagística

A Cidade de Pedra integra um ecossistema único do Cerrado rupestre. O solo raso e pedregoso dá origem a arbustos retorcidos, bromélias, cactos e liquens que crescem sobre as rochas. Esse contraste entre vegetação e pedra cria cenários cinematográficos, especialmente ao amanhecer ou ao entardecer.

A área também abriga nascentes e formações que dão origem a cachoeiras próximas. Muitos visitantes combinam passeios pela Cidade de Pedra com trilhas para mirantes e áreas de contemplação.

Patrimônio natural a ser preservado

Embora ainda não seja formalmente tombada como unidade isolada, a Cidade de Pedra integra a zona de conservação e amortecimento do Parque Estadual dos Pireneus. Guias turísticos locais relatam que o fluxo de visitantes aumentou nos últimos anos, especialmente com a divulgação de fotos como a da “Cabeça de Pedra”.

A ausência de sinalização oficial e trilhas demarcadas faz com que muitos acessos ocorram por propriedades particulares ou caminhos abertos por aventureiros, o que reforça a importância de visita responsável e guiada.

Um novo símbolo visual de Pirenópolis?

A imagem da pedra em formato de cabeça tem potencial para se tornar mais um ícone paisagístico da região, assim como a Pedra da Boca, o Pico dos Pireneus e as formações do Parque dos Pireneus. Com a crescente busca por turismo de natureza, caminhadas e fotografia, esse tipo de descoberta ganha força e valor cultural.

 

Enquanto o nome oficial não é registrado, a “Cabeça de Pedra” segue observando o horizonte e despertando o imaginário de quem passa por ali. Um convite silencioso à contemplação, à geologia e ao mistério guardado nas montanhas de Pirenópolis.

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