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15 de outubro de 2025

Crise hídrica no Brasil: perda de água atinge 400 mil hectares

Brasil perdeu 400 mil hectares de água em 2024, área equivalente a 2,5x SP. Pantanal lidera perdas com 61% de redução na superfície aquática.
Redação
Redação

15 de outubro de 2025 às 11:00

Crise hídrica no Brasil: perda de água atinge 400 mil hectares - seca

Crise Hídrica no Brasil: Perda de 400 mil Hectares de Água Alerta para Colapso Ambiental

 

O Brasil enfrenta uma das mais graves crises hídricas de sua história, com dados alarmantes revelados pelo MapBiomas Água mostrando que o país perdeu 400 mil hectares de superfície de água em 2024. Esta área equivale a duas vezes e meia o tamanho do município de São Paulo, representando uma redução significativa nos recursos hídricos nacionais.

Impactos nos Biomas Brasileiros

 

O Pantanal emerge como a região mais críticas neste cenário, tendo perdido 61% de sua superfície de água em comparação com sua média histórica. Este bioma, conhecido por sua rica biodiversidade e extensas áreas alagadas, tornou-se o que mais secou no país em 2024. A redução drástica afeta diretamente a fauna e flora locais, comprometendo todo o ecossistema pantaneiro.

Na Amazônia, a situação não é menos preocupante. Em 2023, a região perdeu impressionantes 3,3 milhões de hectares de superfície de água, enfrentando uma seca severa que impactou tanto ecossistemas aquáticos quanto comunidades tradicionais que dependem dos rios para sua subsistência. A redução nos corpos d’água na maior floresta tropical do mundo preocupa cientistas e ambientalistas.

O Cerrado, considerado a caixa d’água do Brasil, apresenta dados contraditórios mas igualmente alarmantes. Embora tenha registrado aumento na superfície de água em áreas antrópicas, os corpos de água naturais perderam 696 mil hectares, representando uma queda de 53,4% em relação aos níveis históricos.

Crise hídrica no Brasil: perda de água atinge 400 mil hectares - INCENDIOS SECA PANTANAL FOTO JOSE MEDEIROS 3 1

Consequências para Populações Urbanas e Rurais

Nas cidades, a escassez hídrica se manifesta através da baixa umidade do ar, temperaturas elevadas e deterioração da qualidade do ar, criando um ambiente propício para problemas respiratórios e afetando a qualidade de vida da população. A crise hídrica urbana impacta desde o abastecimento residencial até o funcionamento de indústrias e serviços essenciais.

No campo, os efeitos são igualmente devastadores. A seca compromete lavouras, enfraquece o gado pela falta de água e pastagens, e reduz a disponibilidade de água para consumo humano. Agricultores enfrentam perdas significativas na produção, o que pode refletir no aumento dos preços dos alimentos e na segurança alimentar do país.

Causas e Alertas

Segundo Juliano Schirmbeck, coordenador técnico do MapBiomas Água, a combinação entre a dinâmica de ocupação e uso da terra e os eventos climáticos extremos, acelerados pelo aquecimento global, está deixando o Brasil progressivamente mais seco. Esta constatação aponta para a necessidade de revisão urgente nos modelos de ocupação territorial e exploração dos recursos naturais.

Os dados do MapBiomas representam um alerta urgente para a implementação de estratégias adaptativas de gestão hídrica e políticas públicas eficazes para reverter esta tendência preocupante. É fundamental que sociedade e governantes atuem em conjunto para enfrentar esta crise, desenvolvendo soluções inovadoras para a conservação dos recursos hídricos e garantindo água em quantidade e qualidade suficientes para as presentes e futuras gerações.

Fontes: MapBiomas Água e Agência Brasil

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