Skip to content
7 de dezembro de 2025

Olhar para o céu pelo domo do IPEC

Foto feita dentro do domo do IPEC revela arquitetura circular e o céu aberto — instante em que natureza e estrutura dialogam em silêncio.
Miguel Armond
Miguel Armond

06 de dezembro de 2025 às 08:02

Olhar para o céu pelo domo do IPEC

Esta imagem não conta história. Ela suspende o tempo — nem passado nem futuro estão aqui, apenas o agora, contido num círculo que liga terra, construção e céu.

O domo do IPEC opera como moldura natural: tijolos dispostos em padrão que parece ondular, curvilíneo, quase orgânico, circundam um vazio escuro que se abre para o alto. Esse vazio — noite, nuvem ou escuridão — convida o olhar a atravessar a materialidade, sair da estrutura, buscar o céu.

Não há conflito entre construção e natureza. Há continuidade. Não há contraste, mas uma transição sutil: o gesto humano de erguer a abóbada, a matéria crua dos tijolos, a densidade do espaço — e acima, o vácuo do céu. A permanência e a leveza coexistem.

É uma fotografia de contemplação — não de espetáculo. De introspecção: quem olha pode sentir o peso da arquitetura e, ao mesmo tempo, a leveza da expansão infinita. Como se o domo fosse um convite reservado para quem para, respira e ergue os olhos.

Olhar para o céu pelo domo do IPEC
Foto: Miguel Armond

Em tempos de urgência e ruído, uma imagem assim relembra que a conexão com o todo pode passar por um instante de silêncio — por uma abertura circular ao escuro, onde cada um deposita seu próprio céu.

Aqui, o IPEC não aparece como instituição. Aparece como gesto: um passo humano na natureza, um abrigo que deixa o horizonte visível, um teto que convida o olhar a subir.

Compartilhe agora:
Logo Melhor Piri

Escolha uma opção.

© 2009 Portal Piri - Todos os direitos reservados - Por: Vira Click