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10 de agosto de 2025

Parque Estadual dos Pireneus: onde natureza, cultura e fé se encontram

O Parque Estadual da Serra dos Pireneus guarda muito mais que trilhas; é um santuário vivo que reúne patrimônio natural, tradição e cultura.
Miguel Armond
Miguel Armond

09 de agosto de 2025 às 12:00

Parque Estadual dos Pireneus: onde natureza, cultura e fé se encontram - DJI 0090 01 01 1

No ponto mais alto, a 1.385 metros de altitude, ergue-se o Pico dos Pireneus, com sua pequena capela da Santíssima Trindade. Além de oferecer uma vista de tirar o fôlego, o local é um divisor natural entre as bacias dos rios Tocantins e Platina. Ao lado, o Morro Cabeludo, com mais de 1.350 metros, exibe rochas pré-cambrianas e abriga uma flora única, como orquídeas, bromélias e cactos. Veredas, campos e matas de galeria completam um mosaico de ecossistemas que fazem do parque um dos grandes refúgios do cerrado.

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Festa do Morro, Capelinha do Pico dos Pireneus. Foto: Dirnel Vogel

Desde 1927, durante a lua cheia de julho, a Festa do Morro — romaria em louvor à Santíssima Trindade, que reúne centenas de fiéis que partem da Igreja do Bonfim e percorrem cerca de 20 quilômetros até o pico. É um momento de fé, encontro e resistência cultural, hoje reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Goiás.

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Pico dos Pireneus ao por-do-sol. Foto: Dirnei Vogel

A história do parque e da região também guarda registros curiosos. Em 1819, o botânico francês Auguste de Saint-Hilaire visitou a antiga Meia Ponte, atual Pirenópolis, e deixou descrições minuciosas da paisagem e dos costumes. Entre elas, destacou a beleza da região e a sensação de encontrar “um oásis no meio de um deserto” ao avistar as vilas cercadas pela natureza exuberante

Além da riqueza natural, Pirenópolis pulsa cultura e movimento. Festas populares, festivais de música e gastronomia, e o trabalho de artesãos e produtores rurais ajudam a sustentar a economia e manter vivas tradições que se refletem no modo de receber os visitantes.

“Subir o Pico dos Pireneus no fim da tarde, com o vento do cerrado e a lua cheia nascendo, foi o ápice de conexão com minha fé e minhas raízes”, conta frequentadora assídua da romaria.

Visitar o Parque Estadual dos Pireneus é vivenciar, em um só lugar, a força da natureza, a riqueza da cultura e a energia da fé. Um convite para contemplar, respeitar e preservar este tesouro de Goiás.

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