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Além do charme colonial e da fama turística que tornaram Pirenópolis um dos destinos mais visitados de Goiás, o município abriga uma rede de pequenos povoados e distritos que ajudam a contar sua história e preservar suas tradições. Cada um desses lugares carrega um pedaço da identidade pirenopolina, seja pela fé que moldou as primeiras capelas, pela força do trabalho rural que sustentou gerações ou pelas festas que mantêm viva a cultura popular.
Essas comunidades surgiram de diferentes formas. Algumas nasceram de doações de terras para santos padroeiros, outras surgiram em torno das antigas rotas de garimpo ou da construção da rodovia Belém–Brasília, que trouxe progresso e novas famílias para o interior. O que todas têm em comum é o mesmo espírito acolhedor e o orgulho de pertencer a uma terra marcada por devoção, simplicidade e memória.
Hoje, cada povoado segue seu próprio ritmo, com tradições, festas e histórias únicas, mas todos permanecem ligados a Pirenópolis por laços de fé, trabalho e identidade cultural. Conhecer esses lugares é mergulhar em uma parte essencial da formação humana e histórica do município.
Jaranápolis

Situado a cerca de 33 km da sede do município, Jaranápolis nasceu durante as obras de pavimentação da rodovia Belém-Brasília (BR-153). O lugar era conhecido como Três Ranchos, pois no início havia apenas três estabelecimentos: a pensão de Emídio Baiano, o bar e frutaria de João Nacoi e o açougue de Dito Lopes.
Em 1965, Manoel Alves dos Reis promoveu um loteamento que deu origem ao povoado, reservando áreas para a igreja, prefeitura e escola. No espaço religioso foi erguida a Igreja de Nossa Senhora Aparecida e São Judas Tadeu, hoje vinculada à Paróquia do Imaculado Coração de Maria. O terreno destinado à prefeitura abriga uma quadra de esportes, e o da escola, a Escola Estadual Professor Jarbas Jayme.
População urbana:
2000 – 1.071 habitantes
2010 – 711 habitantes
Eleitores (2010): 1.416
Fonte: FUNASA/MS, TRE
Os moradores do povoado do Índio votam em Jaranápolis.
Radiolândia

Conhecida também como Rabeia Bode, Radiolândia está a 40 km da sede, com acesso pavimentado desde 1999. O povoado surgiu em 1952, a partir de um loteamento feito por Diolino Rodrigues da Luz, que doou terreno para a construção de uma igreja em homenagem a São Miguel Arcanjo. A primeira capela foi erguida em 1953 e reconstruída diversas vezes até ganhar sua forma atual, no centro do povoado, em 1966.
A antiga rota da Belém-Brasília passava por Radiolândia antes da abertura da estrada atual, e o local servia de passagem para quem seguia rumo a São Francisco. Em 1985, foi inaugurada a Escola Estadual Diolino Rodrigues da Luz, que atende alunos do pré ao 9º ano.
A economia local gira em torno da agricultura e de um frigorífico fundado na década de 1970. Entre as tradições culturais, destacam-se as Folias de Reis, as festas de São Miguel Arcanjo e Nossa Senhora do Bom Parto, além do desfile de carros de boi, que desde 1993 faz parte dos festejos.
População urbana:
2000 – 819 habitantes
2010 – 564 habitantes
Eleitores (2010): 662
Fonte: FUNASA/MS, TRE
Índio

O nome do povoado vem do Córrego do Índio, que atravessa a região. O núcleo surgiu com a doação de terras pelos irmãos Manoel, Rosária, Tereza e Maria Alves, destinadas à construção de uma capela dedicada a São Sebastião, erguida por Cacilda Dias de Moraes em 1935. A atual igreja, a quarta desde então, foi construída pela comunidade em 1998.
A pavimentação chegou em 2000, ano em que também foi feita a regularização do assentamento. O povoado, a apenas 34 km da sede e próximo a Jaranápolis, conta com campo de futebol, ruas asfaltadas e abastecimento gratuito de água por poços artesianos perfurados pela Funasa.
População urbana:
2000 – 411 habitantes
2010 – 336 habitantes
Fonte: FUNASA/MS, TRE
Os eleitores do povoado votam em Jaranápolis.
Capela do Rio do Peixe

Localizado a 36 km da sede, com acesso pavimentado até o povoado da Placa, Rio do Peixe possui escola, posto de saúde, quadra esportiva e ruas asfaltadas — recapeadas em 2023 pela prefeitura.
A primeira capela, dedicada a Nossa Senhora de Sant’Ana, foi construída ainda no século XVIII. A versão atual data do século XIX e fica ao lado do cemitério local.
População urbana:
2000 – 242 habitantes
2010 – 176 habitantes
Eleitores (2010): 282
Fonte: FUNASA/MS, TRE
Caxambu

O nome vem do Rio Caxambu, que corta o povoado. A palavra, de origem africana, refere-se a um tambor e uma dança tradicional. A comunidade, a 27 km da sede, tem escola, posto de saúde, quadra poliesportiva e abastecimento gratuito de água.
O início do povoamento remonta a 1948, quando Venâncio Rosa Moreira doou três alqueires de terra em devoção ao Divino Pai Eterno. Em 1949, foi erguida uma pequena capela, substituída em 1951 por uma maior e, posteriormente, por outra construída em 1986.
O Posto de Saúde foi inaugurado em 1993 e a escola local, hoje chamada Escola Municipal Santa Maria de Nazaré, existe desde 1959. A festa do Divino Pai Eterno é uma tradição mantida desde a origem do povoado e, desde 1979, inclui o desfile de carros de boi, marco cultural da comunidade.
População urbana:
2000 – 495 habitantes
2010 – 264 habitantes
Eleitores (2010): 490
Fonte: FUNASA/MS, TRE
Santo Antônio

A 24 km da sede, o povoado de Santo Antônio nasceu nos tempos da mineração de ouro. A tradição local afirma que ali foi encontrada a maior pepita da região, com 41 kg.
Entre 1734 e 1736, o tenente-coronel Clemente da Costa e Abreu mandou construir uma capela dedicada a Santo Antônio, hoje em ruínas. A igreja atual foi erguida em 1957 e, em 1960, Pedro Rosa construiu a de São Geraldo.
O povoado tem escola, posto de saúde e ruas asfaltadas.
População urbana:
2000 – 182 habitantes
2010 – 134 habitantes
Eleitores (2010): 314
Fonte: FUNASA/MS, TRE
Placa

Conhecido também como Fazenda Brejão, o povoado fica a 28 km da sede, com acesso totalmente pavimentado. Surgiu em 1951 com a abertura da estrada que liga Pirenópolis a Goianésia, no ponto de entroncamento de três vias — o que inspirou o nome “Placa”.
Nos anos 1970, Rosalino Ramos de Abadio e Laércio Pio de Lacerda realizaram o loteamento que deu origem ao núcleo urbano e reservaram área para a Igreja de São Vicente de Paulo e Nossa Senhora Aparecida.
O povoado conta com escola de ensino fundamental, posto de saúde e fornecimento gratuito de água por poço artesiano.
População urbana:
2000 – 150 habitantes
2010 – 114 habitantes
Eleitores: 212
Fonte: FUNASA/MS, TRE
Goianópolis

A 38 km da sede, Goianópolis surgiu após a abertura da estrada que liga Pirenópolis a Goianésia, em 1950. Antes disso, o local era conhecido como Maiadô ou Malhador, por suas áreas de pasto nativo e sombreamento natural.
Os primeiros moradores chegaram em 1963, entre eles Laurindo Monteiro de Faria e Vitalino dos Santos. A partir de um loteamento feito pelos irmãos José e Geraldo Novato, o povoado ganhou o nome de Goianópolis — união de Goianésia e Pirenópolis.
A Escola Estadual José Galdino foi inaugurada em 1967; a Igreja de São Sebastião, em 1968; o posto de saúde, em 1988. O asfalto chegou em 2000, e o local conta com campo gramado e quadra poliesportiva.
População urbana:
2000 – 369 habitantes
2010 – 222 habitantes
Eleitores (2010): 457
Fonte: FUNASA/MS, TRE
Bom Jesus

O menor povoado de Pirenópolis, Bom Jesus, fica a 35 km da sede e surgiu na década de 1960 por iniciativa de José Ferreira Duarte. A igreja dedicada ao Bom Jesus foi construída em mutirão em terreno doado por Antônio Machado.
O cruzeiro em frente à igreja foi doado por Benedito Fifiu Camargo em 1963, e a imagem do padroeiro, por Jesus Otaviano, que também cedeu o terreno para a escola local.
O abastecimento de água é feito gratuitamente por poço artesiano perfurado pelo SUS/MS.
População urbana:
2000 – 72 habitantes
2010 – 49 habitantes
Eleitores: 209
Fonte: FUNASA/MS, TRE
Lagolândia

A 34 km da cidade, Lagolândia é um dos distritos mais tradicionais de Pirenópolis. Antigamente chamada de Fazenda Mozondó, passou a se chamar “Lagoas” em 1920 e ganhou o nome atual pouco depois.
Foi o palco da famosa comunidade da “Santa Dica”, que atraiu milhares de romeiros nas décadas de 1920 e 1930. O distrito chegou a ser emancipado em 1963, tornando-se município por curto período, até retornar a Pirenópolis em 1967.
Hoje, Lagolândia mantém viva sua herança religiosa e cultural, com festas como a Folia de São João — única folia feminina de Goiás — e a tradicional Festa do Doce, em homenagem ao Divino Pai Eterno, Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.
O distrito conta com escola regional, posto de saúde, quadra poliesportiva e uma bela praça central onde está sepultada Santa Dica, mantida pela Associação Feminina de Lagolândia.
População urbana:
2000 – 483 habitantes
2010 – 151 habitantes
Eleitores (2010): 382
Fonte: FUNASA/MS, TRE