Região Centro-Oeste ganha novo mapa geológico

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) lançou o novo Mapa Geológico da Região Centro-Oeste, parte da versão atualizada do Mapa Geológico do Brasil. A publicação marca os 56 anos da instituição e representa um avanço fundamental para o conhecimento científico da região, além de apoiar políticas públicas, atrair investimentos e fortalecer a gestão ambiental.

Disponível em PDF e JPEG, na escala 1:2.500.000, o documento é acompanhado por um encarte técnico que descreve as principais unidades estratigráficas e compartimentos geológicos, classificando as formações por eras e períodos geológicos, revelando a evolução da região ao longo de bilhões de anos.

Panorama geológico e formações da região

A região Centro-Oeste é marcada por bacias sedimentares importantes, como a do Paraná, com registros de sedimentos paleozoicos e mesozoicos, além de coberturas basálticas. Também se destacam as bacias do Parecis, Bananal e Pantanal, formadas por sedimentos quaternários recentes, que desempenham papel fundamental na geomorfologia e nos aquíferos.

Sob essas formações, encontram-se escudos cristalinos muito antigos, do Pré-Cambriano, como a Província Tocantins e o Cráton Amazônico, compostos por granitos, gnaisses e migmatitos que datam de bilhões de anos.

Riqueza mineral do Centro-Oeste

De acordo com o pesquisador do SGB, Frank Gurgel, entre os principais recursos minerais da região estão ouro, manganês, ferro, níquel e diamantes, presentes em áreas específicas do escudo cristalino.

A exploração de calcário e fosfato na Bacia do Paraná também se destaca, especialmente para a indústria de cimento e de fertilizantes.

Outro ponto estratégico é o Aquífero Guarani, uma das maiores reservas subterrâneas de água doce do planeta, cuja área também se estende ao Centro-Oeste, desempenhando papel vital no abastecimento hídrico.

Ferramenta estratégica para o futuro

O mapa foi estruturado em Sistema de Informações Geográficas (SIG), o que garante maior confiabilidade e precisão no uso das informações. Segundo o SGB, ele será essencial para pesquisa mineral, planejamento territorial, valorização dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável.

A iniciativa integra o programa Mineração Segura e Sustentável, por meio da ação Geologia para Mineração e Desenvolvimento Sustentável, reforçando o compromisso com o uso responsável das riquezas naturais brasileiras.