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10 de novembro de 2025

Iphan notifica lojistas por poluição visual em Pirenópolis

Iphan notifica lojistas de Pirenópolis por poluição visual no centro histórico. Comerciantes temem prejuízos e especialistas pedem soluções equilibradas.
Jordão Vilela
Jordão Vilela

05 de setembro de 2025 às 14:17

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Iphan notifica lojistas de Pirenópolis por poluição visual em casarões históricos

Pirenópolis, conhecida por suas ruas de pedra e casarões coloniais coloridos, vive um novo capítulo na relação entre preservação do patrimônio e atividade comercial. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a prefeitura, notificou diversos lojistas do centro histórico por excesso de poluição visual nas fachadas de imóveis tombados.

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Escritório do Iphan em Pirenópolis

O que diz o Iphan sobre a fiscalização

As notificações, que começaram a ser emitidas em abril, determinam prazos que variam de 10 a 15 dias para adequação. Entre as exigências estão a retirada de produtos expostos nas fachadas, mudanças em letreiros e até ajustes de pintura para adequar-se a uma paleta de cores definida pelo órgão.

A preocupação dos comerciantes

Lojistas temem que as medidas prejudiquem as vendas, com queda que pode ultrapassar 50%, já que muitos dependem da exposição dos itens para atrair turistas. Alguns comerciantes, que preferiram não se identificar, apontam que a falta de diálogo e de estudos específicos para a realidade de Pirenópolis tornam a adequação mais complexa.

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Especialistas pedem diálogo e equilíbrio

Especialistas também ressaltam a necessidade de equilíbrio. A arquiteta Milena Migoto alerta que impor cores ou padrões sem estudos locais pode criar um “falso histórico”, prejudicando a autenticidade da cidade. Já o arquiteto e urbanista José Leme Galvão Júnior defende que o Iphan cumpre seu papel, mas reforça que é preciso abrir espaço para alternativas que conciliem preservação e comércio — como permitir a exposição controlada de produtos em determinados horários.

Em nota, o Iphan destacou que a fiscalização busca conscientizar sobre os riscos da poluição visual, considerada dano ao patrimônio cultural. Segundo o órgão, o excesso de letreiros, fios expostos e propagandas interfere na ambiência e compromete a paisagem histórica de Pirenópolis, patrimônio tombado desde 1990.

Caso as determinações não sejam cumpridas, os lojistas poderão responder a processos fiscalizatórios.

A polêmica reforça o desafio de Pirenópolis em conciliar seu valor histórico-cultural com a dinâmica do turismo e do comércio local — pilares fundamentais para a economia da cidade.

Com informações da CBN.

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