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9 de novembro de 2025

Pesquisa de Goiás revela: 70% das praias têm microplástico

Pesquisa de cientistas goianos revela que 70% das praias do país estão contaminadas por microplásticos. Entenda os riscos e como combater.
Redação
Redação

27 de outubro de 2025 às 13:49

Pesquisa de Goiás revela: 70% das praias têm microplástico - microplastico

Uma pesquisa conduzida por cientistas de Goiás revelou que 70% das praias brasileiras estão contaminadas por microplásticos, partículas quase invisíveis derivadas da degradação de produtos plásticos. O levantamento foi realizado com base em amostras coletadas em diferentes regiões do litoral brasileiro e aponta um cenário preocupante de poluição difusa, que ameaça a vida marinha e pode afetar a saúde humana.

De acordo com os pesquisadores, os microplásticos foram encontrados tanto em praias urbanas quanto em áreas consideradas preservadas. A constatação indica que a contaminação está disseminada por todo o território costeiro do país, independentemente do nível de ocupação humana. “Encontramos fragmentos plásticos em praticamente todas as amostras analisadas, mesmo nas regiões menos visitadas. Isso mostra o alcance global e silencioso dessa forma de poluição”, explicou um dos coordenadores do estudo.

O que são microplásticos e como chegam ao mar

Os microplásticos são fragmentos de plástico com menos de 5 milímetros de diâmetro, produzidos pela degradação de materiais maiores, como garrafas, embalagens, pneus e tecidos sintéticos. Eles também podem ser gerados por produtos de uso diário, como cosméticos e tintas. Essas partículas são extremamente resistentes à decomposição e não se degradam facilmente no ambiente, permanecendo por décadas no solo, nos rios e nos oceanos. Por seu tamanho microscópico, acabam sendo ingeridas por peixes, moluscos, aves e até seres humanos.Pesquisa de Goiás revela: 70% das praias têm microplástico - microplasticos2

Impactos ambientais e riscos à saúde 

A presença de microplásticos altera o equilíbrio dos ecossistemas marinhos, bloqueia sistemas digestivos de animais e interfere em processos reprodutivos de diversas espécies. O acúmulo dessas partículas nos organismos marinhos tem efeito em cadeia, comprometendo toda a cadeia alimentar. Pesquisas já detectaram microplásticos em frutos do mar, sal e água potável, o que levanta preocupações sobre os impactos na saúde humana. Estudos apontam que essas partículas podem liberar substâncias tóxicas e atuar como transportadoras de poluentes químicos e metais pesados. “Os microplásticos funcionam como esponjas químicas, absorvendo compostos nocivos que podem ser transferidos para os organismos vivos e, consequentemente, para os humanos”, destacam os cientistas.

 

Brasil precisa enfrentar desafio do descarte plástico

O Brasil está entre os maiores produtores de lixo plástico do mundo e recicla menos de 2% do material descartado anualmente. Boa parte desse resíduo é despejada de forma irregular em rios e córregos, que o transportam até o mar, contaminando as praias brasileiras.

Especialistas defendem que a falta de políticas públicas eficazes e de educação ambiental agrava o problema, tornando urgente a implementação de estratégias para reduzir o consumo de plásticos descartáveis e incentivar a economia circular.

Soluções exigem ação coletiva e mudança de hábitos

Os pesquisadores afirmam que, embora a situação seja preocupante, há medidas simples e eficazes que podem ajudar a reverter o quadro. Entre elas estão a redução do uso de produtos plásticos descartáveis, o incentivo à coleta seletiva e o apoio a projetos de inovação em materiais biodegradáveis.

O combate à poluição por microplásticos nas praias brasileiras exige cooperação entre governos, empresas e cidadãos, com foco na preservação dos recursos naturais e na proteção da vida no planeta. A pesquisa ressalta que pequenas mudanças nos hábitos de consumo podem fazer grande diferença na proteção dos oceanos.Pesquisa de Goiás revela: 70% das praias têm microplástico - microplastico 1

 

• Reduzir o uso de produtos plásticos descartáveis;

• Incentivar a coleta seletiva e o reaproveitamento de materiais;

• Promover campanhas de conscientização sobre descarte correto;

• Apoiar projetos de inovação em materiais biodegradáveis.

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