Parabéns, Pirenópolis! Parabéns Povo de Piri!

Hoje a cidade-respiro, de ruas de pedra e cachoeiras que cantam, comemora mais um ano — e nós celebramos com ela: sua história de ouro e barro, sua natureza que acolhe e sua cultura que pulsa. Pirenópolis não é só um lugar no mapa: é um tempo vivido, uma arquitetura que respira passado e um povo que transforma fé, festa e paisagem em tradição viva.

Fundada no ciclo do ouro em 1727 como Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte, Pirenópolis nasceu em torno da igreja matriz e das ricas veias do Rio das Almas, um começo ligado à devoção e à busca por fortuna, que ao longo dos séculos foi se convertendo em patrimônio histórico e em identidade local.

Hoje Piri soma cerca de 27 mil habitantes, segundo estimativas oficiais, e mantém no seu centro histórico as fachadas coloniais, as janelas azuladas, as calçadas de pedra e largas praças onde a cidade se encontra — turistas e moradores, artistas e produtores de cachaça artesanal, o comércio curioso e as pequenas galerias que a decidiram como destino cultural e de ecoturismo.

A fé e o folclore se misturam nas festas que atravessam gerações. As famosas Cavalhadas, espetáculo que recria a batalha entre mouros e cristãos com cavaleiros, cores, música e teatralidade, são parte essencial do calendário: tradição trazida no século XIX e preservada com devoção e alegria por Pirenópolis, especialmente durante as celebrações do Divino Espírito Santo. É uma cena onde história, teatro popular e religiosidade se encontram de forma única.

Mas Pirenópolis é também um mapa de águas. O entorno guarda cachoeiras que já se tornaram sinônimo de aventura e contemplação. Da Cachoeira do Abade à Cachoeira do Rosário, das Andorinhas às piscinas naturais de Bonsucesso, trilhas, mirantes, banhos e esportes de aventura compõem um mosaico que explica por que tanta gente vem de Brasília e Goiânia em busca de fim de semana e reencontro com a natureza.

Geografia e hospitalidade se unem em perfeita harmonia. Piri fica a poucas horas das grandes capitais da região, aproximadamente 150 km de Brasília e algo em torno de 120 km de Goiânia, o que a torna um refúgio acessível para quem quer trocar o concreto pelo tempo lento das ruas calçadas e dos bares com música ao vivo.

O que mais celebrar, então?
A arquitetura barroca suave, com igrejas que contam memórias, altares, sinos e azulejos.
As cachoeiras e trilhas que tornam a cidade um portal para o cerrado em sua forma mais poética.
A gastronomia local: pratos caseiros, queijos artesanais, cachaças premiadas e sabores que contam histórias de fazendas e cozinhas familiares.
O circuito de arte e ofícios: ateliês, feiras, música e uma cena cultural que transforma a cidade em palco o ano inteiro.
O povo — hospitaleiro, criativo, que conserva saberes e reinventa modos de viver e receber.

Para você que ama Pirenópolis: celebre andando sem pressa pela Rua do Lazer, tomando um café ao entardecer na praça, visitando uma cachoeira (com respeito à trilha e ao guia local), ouvindo uma roda de violeiros ou assistindo às Cavalhadas, lembrando que cada canto guarda uma história. Para quem descobre Piri pela primeira vez: venha com olhos abertos, botas na mala e vontade de escutar as narrativas que a cidade carrega.

Parabéns, Pirenópolis. Que seus caminhos de pedra sigam firmes, que suas águas continuem limpas, que sua cultura floresça e que seu povo sinta orgulho do que construiu e do que ainda sonha. Hoje é dia de festa, memória e futuro.